Solidão desespera, medo qual avestruz, limo que criou a pedra dura de tanto a água bater. Solidão dilacera, medo de se perder e que, ao final do túnel, não venha a tão sonhada luz. Vem, Senhor, me sustenta em meio à solidão, neste dia de angústia, segura a minha mão. Uma dor, uma lágrima ferida, dividida, escondida, corre o rosto e se perde por desleixo, corta o peito, dilacera. Ah, solidão... quando vem, vem só. Ferida não sara com o tempo, tempo... Na lembrança, uma luz ficou perdida, esquecida, comsumida. Na distância, uma música sofrida, repetida, sem guarida. Ah, solidão... quando vem, vem só. Ferida não sara com o tempo, tempo... Bem ao longe, uma cruz imerecida, tão sofrida, dor sentida, com alguém que morreu pra dar a vida pra que eu viva sem ferida, sem ferida.