Reguardo os sonhos do peito Deixo o coração bater Sem túmulto, docemente Amarro o leme da vida Navego sem querer saber E lembro o teu corpo ausente Cinza de céu de Novembro Enfeitem de névoa e luz A cama, como um navio No abandono do cais As promessas da manhã São horizonte vazio Rasga-se a voz da memória Que resta, contando a história De tudo o que já passou As tempestades levaram Qualquer troféu de vitórias Que a nossa vida deixou Se nunca mais te encontar E o tempo passar por nós Escrito em traços repetidos Prometo guardar nos braços O calor dos teus abraços Como o Sol dos meus sentidos