Eu só quero levar
A vida de maneira genuína
Será que me entende?
Tô cansado de fingir que aprendi
Conhecimentos não se mostram úteis
Ou então com a paciência persistir
No final peças se juntam?
Eu não vivo
Eu respiro o que escrevo
Cada segundo que passa
É parte do enredo
Entrelinhas do nervo
A isto estou preso
Meu transtorno é dom
Meu estresse é sossego
A poesia
É algo que persegue
Foda-se se tô triste
Foda-se se tô alegre
A arte é a questão
Sou meio de transmissão
Não confunda o autor
Com a sua aptidão
Eu sei de nada
Apenas propago
Sentimentos, visões
Tão doce quanto amargo
É bem mais fácil
Ser maniqueísta
Que suportar a dor
Do paradoxo caoísta
Digo a vida como é
Nunca fui utópico
Isto é sentimento
Com raciocínio lógico
Não tenho o mapa
Mas passo o código
Te confundo, esclareço
Fugindo do óbvio
Eu não vivo
Eu respiro o que escrevo
Cada segundo que passa
É parte do enredo
Entrelinhas do nervo
A isto estou preso
Meu transtorno é dom
Meu estresse é sossego