Transfiguro-me Em assovios e abraços Poemas ventos Nuvens e cafés Reinvento-me Retiro a forma A fôrma Os laços Os olhos densos O peso dos pés E transcendo-me No chão distante Há largos passos E olhos lentos Disforme eu sou maré E você relento Que reinventa os passos E transcende os ventos Que desfaz dos laços E me deixa assim Bobo tormento Em assovios e abraços A forma, os laços No peso dos pés Nuvens e cafés Em assovios e abraços Há largos passos No peso dos pés Eu sou maré