Pequeno espírito alucinado
Inchado como um cereal ensopado
Deus virá e lavará
Nossas tatuagens e toda a cocaína
E todos os bebês abortados
Se tornarão pequenos bambies

Ferido, empurrado ao longo do rio
Procurando por aquela canção do deserto
E o réquiem de Mozart irá tocar
Em pequenos altos falantes feitos de barro
Diga a minha mãe que eu a amo
Martin Luther, você é um anjo

Macaco encantador passeando presunçoso
Jumento bêbado com patas desarticuladas
Seu peito é um zoológico afável
Sapatos destruídos de um pônei mexicano
Eu sonhei com mil quadras de basquete
Nada mais sagrado que esportes

Libélula beija sua cauda
Robô precioso construído tão frágil
Universo de leite e brasa
Seu beijo quente no meio de dezembro
Qual o nome de Deus? Eu não me lembro
Através dos olhos de viciado clima agradável