Eu recebo o que mereço
Foi o que disse a figura no espelho
Trabalha, dá o sangue, acorda cedo
E só espera o teu
Cada um colhe o que planta é papagaiada
Quem vive na pele sabe bem que a caminhada
É pronta pra poucos enquanto nós-outros
Somos boi de manada
E quanto mais alto você rir
Mais forte vai chorar
Eu tenho apanhado
Eu tenho batido
Eu tenho sangrado
Mas eu tenho ferido
Também
Eles querem o sumo do meu sangue
Querem que eu trabalhe até morrer
É como se eu vivesse num futuro
Daquelas distopias de filme da TV
Vivendo uma marcha contínua
Rumo ao grande nada, viciado na rotina
É um comendo o outro na luta pelo pão
Viro e me reviro no colchão de papelão
A minha propriedade é o não-ter
Eu tenho a liberdade de não ter o que comer
A minha conseqüência é o não-ser
Invisível, desgarrado
Eu sou você amanhã
E ainda assim
Seguimos ouvindo
O grito do abismo
Hoje chora quem no fim vai gargalhar
E ainda assim
Seguimos cantando
O grito do abismo
Hoje chora quem no fim vai gargalhar
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