A escuridão caiu, mas não era falta de luz Era o vazio que você deixou quando disse adeus A visão marejada turva o pouco que restou Reflete a carência que o peito não ocultou O tempo não retorna, nunca olha para trás Segue firme em frente, indiferente ao que desfaz E eu por aqui parado, preso ao que senti Tentando respirar no espaço onde você já não está em mim No quarto o breu pesava, denso feito solidão Não enxergava minhas mãos, mas sentia o coração E mesmo que eu sempre amasse a quietude sem clarão Hoje algo me fere, um ruído na escuridão Porque a escuridão não é ausência de luz É ausência de você E cada sombra que me toca me lembra Do que eu não pude conter Sozinho, escondido, meus pensamentos rugem alto Chamam por você A escuridão não é ausência de luz É ausência De você E quando a noite se fecha e o silêncio se aproxima As paredes sussurram tudo que eu queria que você dissesse O eco do seu nome vibra no chão onde caminho Tentando encontrar sentido no vazio que permanece Porque a escuridão não é ausência de luz É ausência de você E cada sombra que me toca me lembra Do que eu não pude conter Sozinho, escondido, meus pensamentos rugem alto Chamam por você A escuridão não é ausência de luz É ausência De você Porque a escuridão não é ausência de luz É ausência de você E mesmo que eu acostume o olhar ao breu O coração não esquece Sozinho nas sombras, os pensamentos rugem alto Chamam por você Chamam por você