Porque você me vê engravatado Na tribuna do congresso brasileiro Saiba que sou um homem da roça Orgulhoso de ter nascido vaqueiro Não modifique o tratamento Lhe dou o consentimento Pode me chamar de companheiro Ou talvez de amigo e camarada Vossa excelência que nada Eu sou mesmo é forrozeiro Ou talvez de amigo e camarada Vossa excelência que nada Eu sou mesmo é forrozeiro Não precisa que me chame de senhor Eu sou somente um cidadão Como sempre representando o sertão Em brasília eu só estou deputado A Bahia é meu estado e hoje fui contemplado Atuar no parlamento brasileiro Eu não quero é estar só nessa jornada Vossa excelência que nada Eu sou mesmo é forrozeiro Eu não quero é estar só nessa jornada Vossa excelência que nada Eu sou mesmo é forrozeiro Na tribuna ou nos palcos por aí Me apresento com respeito e consciência Mas se me falta competência Meu socorro é apelar pro divino Que me entregou desde menino meu destino O colégio lá na roça era o terreiro A caneta na escola era a inchada Vossa excelência que nada Eu sou mesmo é forrozeiro A caneta na escola era a inchada Vossa excelência que nada Eu sou mesmo é forrozeiro