Um resto de noite me espera no campo
Tranqueando a Bragada que dobra o capim
Bombeio distante as barras do dia
Da minha querência que me fez assim
Eu levo na boca o verde do mate
Que ficou costeando as brasas no posto
E adoça os anseios que trago na alma
Enquanto reponto as manhãs de agosto
Costeando o banhado, eu quebro o chapéu
No vento que embala as macegas mansas
Desperta a perdiz que levanta num upa
E o cusco Brasino, entonado, se avança
Dá uns pulos, se agita, cuidando no céu
As asas que buscam fugir do perigo
Fareja o rastro, focinha as carquejas
E volta pro estribo pra lidar comigo
Além do horizonte, o Sol ergue a crina
Juntando algazarra no canto de um galo
E arde nos olhos de quem campereia
Rangindo os recaus no tranco de um cavalo
A estância desperta meu mundo posteiro
Num fundo de campo, onde eu fiz morada
Cuidando os limites das posses alheias
Só tenho o cavalo, o cachorro e mais nada
Quem sabe, esse dia me traga um maula
Que deixe presilha e ilhapa estendida
Testando as patas da égua Bragada
Que fiz do meu jeito prevendo esta lida
Quem sabe, forceja em algum alambrado
Buscando uma fêmea que chame reinando
E encha meus olhos de entono e tarimba
Ao ver meu cusquito sair garroneando
Além do horizonte, o Sol ergue a crina
Juntando algazarra no canto de um galo
E arde nos olhos de quem campereia
Rangindo os recaus no tranco de um cavalo
Rangindo os recaus no tranco de um cavalo
Rangindo os recaus no tranco de um cavalo
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