Em nome do pai e do filho, por este céu que me cobre Que dando, nem que não sobre, é o justo merecimento Se a vida, presa num tento, de golpe, escora o tirão Nós dois voltemos pro chão, que o chão é o renascimento Em nome do pai e do filho, por este céu que me cobre Que dando, nem que não sobre, é o justo merecimento Se a vida presa num tento, de golpe, escora o tirão Nós dois voltemos pro chão, que o chão é o renascimento Me vou tapear o sombreiro ao grande pai, dou sinal Que, assim, me vale, afinal, pra o centauro é diferente A espora tem que ter dente, a mão, no mango, um aceno No olho, o contra-veneno, pra o precipício aparente Hay que ter, pela garupa, uma oração de resguardo E um breve da flor do cardo na alça do coração Que a vida vale o galão, não quer um o fim do outro Apenas quem for mais potro vai se louvar da bênção E a crina rala me sirva qual o calibre da venda Não havendo pra encomenda, pouco adianta falatório Por isso, o meu ofertório, enquanto houver tapa olho Que o mais veiaco' caolho só quer nos ver de velório É que a minha reza campeira que se desprega gaviona No fole da minha bandona para o patrão celestial E eu, ginete, e eu, bagual, da coragem, é o corcovo Os dois, pandeiro e retovo do meu rio grande imortal Os dois, pandeiro e retovo do meu rio grande imortal Hay que ter, pela garupa, uma oração de resguardo E um breve da flor do cardo na alça do coração Que a vida vale o galão, não quer um o fim do outro Apenas quem for mais potro vai se louvar da bênção Apenas quem for mais potro vai se louvar da bênção