O homem que vive a queimar a campina Tem a alma assassina, insana e demente Esquece que o pão que tem sobre a mesa Vem da natureza que Deus fez pra gente É preciso expor a realidade Porque, na verdade, quem cala consente O fogo é um demônio que vi campo afora Destrói fauna e flora e o meio ambiente O homem precisa do solo onde pisa A terra agoniza ao ver a fraqueza Da gente insensata que abusa e maltrata Violenta e mata a mãe natureza Tatu mulita campeia de toca Porque se sufoca no calor ardente Enquanto pequenos animais nativos São queimados vivos inocentemente Os pássaros migram pra outras fronteiras As cobras cruzeiras e outras serpentes Quando têm a sorte de mudar de norte Escapam da morte n'alguma vertente O homem precisa do solo onde pisa A terra agoniza ao ver a fraqueza Da gente insensata que abusa e maltrata Violenta e mata a mãe natureza Me ponho a cismar: que maula o destino Do homem assassino, covarde e astuto Que ganhou a terra tão fértil tão pura Porém, não cultiva pra colher o fruto Depois das queimadas, ficou devastada Restando, somente, naquele reduto Um pañuelo negro estendido na campa Mostrando que a pampa se encontra de luto O homem precisa do solo onde pisa A terra agoniza ao ver a fraqueza Da gente insensata que abusa e maltrata Violenta e mata a mãe natureza