A menina sentada à beira da porta olhava o seu gato brincar O mundo passava à sua volta mas ela não queria olhar A vida lhe pregou muitas peças e não tinha sido piedosa com ela Que sentada à beira da porta olhava o seu gato brincar Tinha visto o negro do céu Por mil noites sangrar E a razão do universo pra aquela menina E que um dia poderia amar Sentiu falta do pai e saudades da mãe Mas sentiu o perfume das flores, lembranças da infância Viu sua vida passando como balas que cruzam o céu Um céu verde da cor do oceano, verde água, a cor do céu Tinha visto o negro do céu Por mil noites sangrar E a razão do universo pra aquela menina E que um dia poderia amar