Com versos de revolução, recitavas poesias Perfeita alocução, o povo seguia-te onde ias Alérgico à corrupção, denunciavas o que vias Defendias a nação, verdadeiro messias Cresceste a ler livros, que o teu pai colecionava Menino prodígio, aos 12 anos já na oitava Basquetebol no desportivo, ninguém te parava Tua mãe dava te tudo que podia, por vezes faltava Começaste o rap, com a fita cassete e o duplo deck Lembro-me que gravavas com o Hélder, teu irmão ainda moleque Acho que foi nesse time que conheceste uma Suzete Mas estavas mais para Wu Tang e menos para jet sets Com influencias dos Religious Masters, malta Fábio Depois veio a Dinastia Bantu, ensaiávamos no pátio Da Francisco Manyanga, até estrearmos na rádio Juntamente com Max, o Batuque, quando era um sábio Abraça aí mano Aos antigos combatentes Fizeste a tua parte Um bom combate Deixaste o teu povo Com o poder Pra continuar a fazer a história Que começaste e por escrever Sempre tiveste uma inteligência absurda Mesmo na escola Não repaste por mola, foi amor à camisola Anos nesta caminhada até acabar a sola Reconhecido no Brazil, Portugal e Angola Tiveste asas, viajaste pelo mundo, pousaste em palcos Mas vivias junto com o povo, sem se preocupar com status Por tudo que fizeste e foste nós estamos gratos Mas para viver sem ti, ham ham, não estamos aptos Agora és uma estrela no céu, mantenha o brilho A tua obra é a luz, que ilumina o nosso trilho Lutaste pelo povo, sem nunca premir um gatilho Moçambique chora, como a mãe que perde um filho A mana Nanda sempre foi protectora, desde putos Rosa e as meninas podem contar com o teu mano Escudo And on my back, you can see the whole hip hop movement Azagaia vive dentro de nós, no need tô prove it