Não aguento mais as horas pesam na minha cabeça Não suporto mais esse cheiro e esse gosto de café velho Encarcerado, subjugado e menosprezado A loucura está ao redor e fareja minha sombra A dor desperta grita: os piores pesadelos são melhores que essa rotina Os martelos de mil demônios atingem com força os meus ombros Areia com cacos de vidros escorre dos meus olhos Por enquanto, não há como escapar levanto e danço mais uma vez Sento nessa cadeira de fogo, belial de fraco me acusa Posso ouvir os lamentos dos animais que morrem nas ruas Enquanto os mais antigos espectros giram pela sala Relembro dos fundamentalistas em a bênção do anjo negro O caminho da mão esquerda é a única salvação Essa gaiola em que me encontro se expande passo pelas grades Qual o sentido da fuga? Heróis e fantasmas, a dor e o nada Um tiro com mãos trêmulas ou o pó da estrada?