Passos incertos são guias Nas noites, nas ruas vazias Pés de veludo no pontiagudo Dessas lajes frias Gente que a noite alicia Promessas de muita alegria Sonhos extintos nos labirintos Que a noite cria Náufragos da noite Balas perdidas Moscas na vidraça Buscando a saída Cortes abertos, sangria Nas pontas, nas quinas do dia Duras arestas que fazem festa Nas carnes macias Gente que se refugia Na noite, refúgio do dia Frágeis são presas Das correntezas Que a noite cria