O reino das pedras soterrou a floresta Mas os filhos dos nossos filhos Ainda suplicam O ar puro para respirar, A sombra das árvores para descansar O canto dos passaros pra se ouvir, A água limpa pra se beber Não, lenhador! Não caçador! Deixem a floresta viver E o milagre da vida reflorescer Toda vez que uma árvore tombar, Toda vez que um bicho agonizar Mãe da mata surgirá Toda vez que uma árvore tombar, Toda vez que um bicho agonizar Mãe da mata surgirá Grinalda de ninhos, seios desnudos, Adornada em orquídeas e samambaias Olhos de uma cobra-grande, Pés de curupira errante Montada no porco-queixada Surge a deusa encantada Vim punir a ganância e a cobiça Vim semear o amor e a harmonia Sou o clamor dos seres vivos da floresta Sou natureza, sou vida, sou mãe-terra Mãe da mata, mãe dos bichos, Mãe das águas, Deusa Tupy Caa-cy Deusa Tupy Caa-cy, Deusa Tupy Caa-cy Mãe da mata, mãe dos bichos, Mãe das águas, Deusa Tupy Caa-cy Deusa Tupy Caa-cy, Deusa Tupy Caa-cy