Anauê, cunhã katu! Tairu, cê, Îandê, Îandé Moronguêtá Recê A cê Apekatu Anauê, cunhã! (Anauê, cunhã!) (Hei! Hei! Hei! Ninguém solta a mão de ninguém, anauê, cunhã!) Ô-ô-ô, ô-ô-ô, ô-ô-ô Afastem o racismo E o machismo Que nós vamos passar Aqui caminham as indígenas Que não puderam colonizar Revolução das cunhãs Luta e festa matriarcal Em defesa do território, corpo e espírito ancestral Somos da floresta, somos a floresta De peito aberto e punhos fechados Unidas contra a violação Somos da floresta, somos a floresta Temos direito originário Somos herdeiras desse chão O movimento da mata que dança Dança na selva de pedra que canta Canta e renova a esperança Ecologia integral De liberdade, justiça e luta Luta de ideias que plantam a paz Paz com soberania E força espiritual Mulher, com você quero ser Como a Lua a clarear Refletindo a luz do Sol para iluminar E afastar a escuridão dessa pátria mãe gentil Pra tornar terra sem males A nossa maloca Brasil Terra sem males, Brasil (Ninguém solta a mão de ninguém) Revolução das cunhãs (Ninguém solta a mão de ninguém) Brasil!