As asas do pala ao vento Vão me levar pra passear Depois de soltar umas penas Que me custaram domar Vou campear os braços dela Sem ter pressa de voltar Nos peçuelos vai um sonho Que faz a estrada bonita E alguns versitos campeiros Trançados numas coplitas Que eu juntei pensando nela Para enfeitar minha visita Vou matar esta saudade Que aperta o pomo da goela Porque de cima do arreio Só me apeio em sua janela Quando luzirem pra mim As estrelas dos olhos dela Debaixo do meu mangueira Levo anseios estreleiros Na estampa um sorriso largo Adestrado num espelho Para encantar quem deseja Meu coração caborteiro Levo rimas companheiras De pelear com a solidão E um amor cortando estrada Judiado a campo e galpão Para aninhar em seus braços Quando avistar seu portão