Tinha um jeito alegre de olhar, de sorrir e de cantar E na cabeça a razão para nunca fugir, não se entregar Cantou, cantou, cantou, camará Até que veio alguém o calar Tinha o peito aberto pro amor, no seu jeito de ajudar Que assustava a quem não achava a razão de tanto amar Amou, amou, amou, camará Até que veio alguém condenar Tinha o andar bem macio, o corpo esguio, de se notar Quando dançava nos contagiava e fazia a gente dançar Dançou, dançou, dançou, camará Até que veio alguém o parar Nunca dizia pra quem conhecia qual era o seu lugar Nem pra onde ia e ninguém sabia do seu caminhar Andou, andou, andou camará Até que veio alguém o pegar Tinha um segredo guardado, pra um dia qualquer poder contar Um dia onde a gente vai ter, finalmente, o fruto de tanto lutar Lutou, lutou, lutou, camará Até que veio alguém o matar Tinha um jeito alegre de olhar, de sorrir e de cantar E na cabeça a razão para nunca fugir, não se entregar Cantou, amou, dançou, camará Andou, lutou, até se acabar