As filhas do Pedro Roxo Eram secas igual zaqueanas Tinham ser bonitonas E a do meio era uma bucha Fumaça curta e grossa Que nem um toco de roça Falavam inté que era bruxa Tem uma carroça presa Com duas mulas gateadas Não saíam da estrada Procurando diversão Gostavam de camanguear E eram as primeiras a chegar Nos bate coxa do rincão Nesta época por lá Existia um cidadão Chamado mão de pilão Dizem que era mui dotado Xirú novo, bem apanhado Sempre andava com a razão Calmo, sereno, caprichoso Gostava de andar cheiroso Usava bota e fatiota E um cinto com guaiaca No lenço um anel de prata E um chapéu de aba bem grande Tinha paixão pelo Rio Grande Amava mais que a nação E num baile da querência Deste alto do chão Gritou um fulano de tal: -É a polca das dama e a dança do cavalo, é proibido carão, é a moça que tira o moço E o vulto veio e se botou E guento o rapaz no pescoço E pra não perder o osso Se empernou no joelho E quando algúem lhe chuleava Ela parava rodeio E nas fresta e nos nó das tábua A mulecada espiava E lá da rua cantavam: -Lailailai lailaila A bruxa do Pedro Roxo Olhava desencanta E o velho virava e alisava o facão E os muleque disfarçavam Lá vai o mão de pilão, lá vai o mão de pilão Lá vai o mão de pilão,ai lá vai o mão de pilão E o gaiteiro já funchado Dormia em cima da nota E a indiada de bota em bota Não afrouxava o garrão Na volta vinha o Monaia Com aquilo vendendo saia Arredondando o salão E a bugra tafoneira Graciosa e refrestelava Já toda desmantelada Vinha fazendo fusquinha Alevantava o pezinho E acenava com o lencinho Pra dar ciúme às vizinhas Perdeu os brinco e o colar Dançando xote por valsa Rebentou o botão das calça E ali no más se maneou E o cabo mão de pilão Olhou pra baixo e saltou -Mas que tal, te larguei pra resteva animal