Pelo novembro, como sempre Seu Turibio, Seu Turibio Firmava o pulso numa esquila, Numa esquila de martelo Soltando braço, parelho Desquemaneava, desquemaneava Parando só pra o causo, Pra o causo de estender o velo Num galpãozito, bem simples De costaneira, de costaneira Mermava a lida sem pedir, Sem pedir a mão de alguém Costume antigo, de quem tem Poucas ovelhas, poucas ovelhas Guardar uns pila nunca fez, Nunca fez mal pra ninguém Sobre a mangueira na frente do galpãozito Pra as ovelhas um buco atava a sombra Eram 40 que minguavam uma a uma E a meia tarde já ia com 20 e poucas Eram 40 que minguavam uma a uma E a meia tarde já ia com 20 e poucas Assim solito dava conta do serviço Por ter as manhas dessa gente do rincão Ia maneando, tosando e embolsando Curando talhos com reza e pó de carvão Por todo dia sem frouxar o pulso parelho Pra quem espera a horas são mais compridas Até que o tempo se armou com nuvens e ventos Fazendo o velho parar pra cambiar a lida Trouxe as ovelhas, da espera Pro galpãozito, pro galpãozito Conforme o dia outro mestre Outro mestre lhe ensinou Puxou pra fora, um couro cru Bem estaqueado, bem estaqueado Beirando o umbu frente ao galpão Frente ao galpão se acomodou Ferro nos frildo, tempo feio De copa alta, de copa alta Na mesma imagem pareciam, Pareciam retratar O melhor bolso, chamando Sem dizer nada, sem dizer nada Pra um raio guacho berrando Berrando se acomodar O dito feito veio a ordem do mandado Varanda e estrondo de dimensão desparelha E ali por horas ficou esculpida a cena De um tosador curvado sobre uma ovelha E ali por horas ficou esculpida a cena De um tosador curvado sobre uma ovelha Quem facilita perde a vida antes do tempo Foi um recado lá de cima aqui pra baixo Pois quem diria ao velho mestre do martelos Bateu a lida aqui por cambiar um guacho