(Foi naquela noite escura Que esse fato se passou Apesar de eu tá cansado Eu vinha vindo apressado Pois um temporal danado Nessa noite desabou O vento quando soprava Os arvoredo vergava Inté gemia de dor A chuva foi apertando Eu tava quase chegando Quando uma voz me chamou Seu dotô! Seu dotô Eu olhei meio assustado E vi um vultinho molhado Desse jeito me falou Eu vim só pra lhe chamá Minha mãe está morrendo Só o sinhô pode sarvá Pelo amor de Deus Me acompanhe, seu dotô Me acompanhe, seu dotô) Acompanhei a menina Sem saber pra onde eu ia Mas era meu juramento Que nessa hora eu seguia E lá num ranchinho pobre Logo mais então eu via Tava uma mulher na cama De febre quase morria Fiz todos os medicamento Que a coitado precisou Quando foi de madrugada A mulher já melhorou Olhando pra mim contente Dessa forma ela falou O senhor salvou minha vida Deus lhe pague, seu doutor Eu peguei um retratinho Que se achava atrás da porta Agradeça essa menina O que eu fiz já não importa Saiu no clarear do dia Mais tarde está de vorta Se não fosse a sua filha A senhora estava morta A mulher ouviu aquilo Seu rosto empalideceu Olhou pra mim assustada Como quem não compreendeu Com a voz entrecortada Chorando ela respondeu Minha filha, seu doutor Há muito tempo morreu