A minha fragata é minha Não pertence a mais ninguém Gastei nela quanto tinha E fiz-me ao mar sem vintém Eu levo tudo comigo Em terra não fica nada Levo Deus que é meu amigo Levo flores, levo alvorada Há quem diga que as saudades Foi em terra que as deixei Mas juro são falsidades Que as que trago só eu sei Juntei-as em meu redor Como nó que não desata Vão comigo p'ra onde eu for Dentro da minha fragata