O novo não me choca mais Nada de novo sob o sol O que existe é o mesmo ovo de sempre Chocando o mesmo novo Muito prazer Prezadíssimos ouvintes Pra chegar até aqui Eu tive que ficar na fila Aguentar tranco na esquina E por cima lotação Noite, e aqui tô eu novo de novo Com vinte e quatro costelas O gogó, baixo, guitarra (violão e percussão e vozes) Ligadas numas tomadas elétricas e pulmão Já cantei num galinheiro Cantei numa procissão Cantei ponto de terreiro Agora eu quero é cantar na televisão Meu irmão, o negócio é o seguinte É pura briga de foice Um jogo de empurra-empurra Facão, tiro, chute, murro Chamam mãe de palavrão Sorte não haver o que segure Som senhoras e senhores Mas quem é que me garante Que mesmo esses microfones Sempre funcionarão? Cantei tal qual seresteiro Cantei paixão, solidão Cantei canto de guerreiro Agora eu quero cantar na televisão