Um sertanejo, homem simples lá da roça Uma palhoça, uma viola, um luar Fogão de lenha, um quintal e uma rede Tudo é tão verde até onde a vinda dá O sol se esconde majestoso atrás da mata É o sinal de que a noite vai chegar E ele agradece mais um dia em serenata Por seu trabalho, sua vida, seu lugar Quando ele pega na viola e faz ponteio O luar fica mais cheio As estrelas brilham mais Quando ele pega na viola e faz ponteio Parece que ali no meio Está morando a própria paz A brisa leva pra longe a melodia Vai espalhando o seu canto pelo ar Rios, cascatas vão compondo a sinfonia Da natureza toda em festa a cantar E nessa hora em perfeita harmonia A fantasia vem o sonho embalar Que bom que a vida fosse assim todos os dias Esse caboclo cantador pôs-se a cantar