A água que tu bebes E o vinho que te acalma O céu que te ilumina O que te adormece a alma A cama em que repousas Os sonhos que te inflama O quarto que te aquietas A quietude tão estranha A vida que era tua O amor no fim da lama O aroma da loucura A alegria que te engana Vida, infância, já nem lembra o teu caderno Tempo é tempo, e agora só tens um terno Terra, terra onde estão as pombas raras? Num rio de sonhos, morreu teu conto de fadas