Dividido como um dois-dois Essa doença me cega Porém a cura formula Somente um lado dos dois Esse jogo que vira Meu anjo que morre Meu demônio vomita O que eu não posso falar Dentro dessa epiderme lotada de vermes Ainda encontro a luz Pra poder me limpar Qual é o preço da matéria? O toque é sensação Por nada conseguir poder se tocar Sei e não sei ao mesmo tempo Se vivo dentro do sonho Ou se sonho a todo momento Com 27 chaves encontrei a fonte do cão Foi onde eu encostei a mão A fragmentação Não disseminem, não, não, não Espero que lavem, lavem Seu ódio sujo até o ano que vem Não disseminem, não, não, não Espero que lavem, lavem Seu ódio sujo até o ano que vem Não disseminem (Não disseminem, não) Não disseminem Eu vi Tanta janela fechada no mundo E me acostumei com luz barroca no chão Nesse chão empoeirado de memórias Comprei um par de asas Me doando por esmolas Sei que a vida é curta Porém tempo longo Me alonga pelo tombo De não querer tombar Por tantos erros conturbados Me dividindo em pedaços Onde me encontro ausentado Querendo me achar E quanto mais eu me entendo Mais tenho medo De possuir minha mãe em mim Posso estar só no começo Mas sei que meu meio a meio Está sendo o buraco Que sempre caio no fim Não disseminem, não, não, não Espero que lavem, lavem Seu ódio sujo até o ano que vem Não disseminem, não, não, não Espero que lavem, lavem Seu ódio sujo até o ano que vem Não disseminem (Não disseminem, não) Não disseminem