Eu continuo perdendo as chaves
Da realidade
E agora estou passando pelo portal
Para a insanidade
Em um canto isolado
Esperando minha hora chegar
Esperando para que a confusão
Seja pacificada

Estou escalando, colocando mão sobre punho
E eu estou arranhando o concreto
Brilhando no final, o meu erro
Não se encontra lá
O ar aqui é terrivelmente pesado
Se estabelece interiormente
E eu sofro, queimadura atrás de queimadura
A escuridão queima

Em um poço de consciência
Os gritos sangram
Então eu sinto como se houvesse alguém
Antes de mim
Os olhos mudam de cor
E um estranho bate à porta da minha mente
Eu me torno uma estrangeira
Para mim mesma
Mim mesma!

A quietude atordoa, queria poder correr
Fui arrastada até a luz
Em minha cabeça um outro alguém
Prepara armadilhas
Para a minha alma

No lugar mais escuro
Do que antes se chamava consciência
Eu sou uma miniatura
Eu sou um esboço perdendo o contorno

Uma entidade irrelevante para a sanidade
Uma colmeia abrigando a falta de sentido
Para múltiplos eu
Ressoando sem nunca me comprometer

A quietude atordoa, queria poder correr
Fui arrastada até a luz
Em minha cabeça um outro alguém
Prepara armadilhas
Para a minha alma
Para a minha alma

Esperando que minha mente seja pacificada!