Na grande casa branca onde eu vivi E fui feliz para sempre Tudo persiste idêntico e perpétuo É a mesma ainda a luz crepuscular Dos quartos o quieto momento E nas largas varandas abertas sobre o mar É o mesmo ainda o perfume do vento Em algum lado a casa há-de estar Eu, é que já não estou Eu é que sou as ruínas dela A casa está vazia, ninguém lá mora Salvo aranhas e capins Vê lá bem, a casa perdeu-se de nós E todavia Nunca ela foi tão nossa como agora