Quando nas rodas de mate Sinto a querência reunida Ao ver a cuia estendida Num gesto amigo e simplório, Neste xucro ofertório Entendo melhor a vida. Quando vires pelo pago O ritual do chimarrão Unindo patrão e peão Reze pra que a humanidade Partilhe dessa igualdade Em campeira comunhão. Seiva verde, mate é vida Passando de mão em mão Ora amargo, ora doce, Cevado no coração. Se os senhores da guerra Mateassem ao pé do fogo Deixando o ódio pra trás, Antes de lavar a erva O mundo estaria em paz!