A saudade aliou a lembrança Me trouxe a infância que longe deixei Vi saudoso do jogo de bola Na porta da escola que um dia estudei A estrada cheia de poeira A velha porteira abri e passei Mesmo sendo um dia bem frio Nas águas do rio de ponta saltei Ao fazer a curva da pedreira Depois da porteira vi um casarão Perfeita e bem conservada Estava a escada em pedra sabão Muitas coisas ali recordei Assim que entrei no velho porão Vi aranha fugindo assustada Buscando morada no buraco do chão Fui lavar o meu rosto na bica Que bem perto fica dos pés de bambu Suas moitas imensas e lindas Abrigam ainda centenas de anus A curruira trazendo cisquinho Fazia seu ninho no velho paiol E a queda da cachoeira Formava arco íris nas tardes de sol Nossa vida é um túnel extenso Começa imenso estreita saída O destino é um moleque travesso A sina às vezes se torna bandida Eu confesso voltei magoado Deixando o passado me abriu uma ferida A distancia aliou a saudade Voltou por maldade a ilusão de uma vida