Mineiro de nascimento Paulista de criação O mundo foi sua escola Cantoria sua paixão Com sua viola mágica Encostada no coração Falo de grandes amores E das coisas do sertão Nessa terra fez escola Deixou um grande legado Hoje existe duas violas A dele e a do passado O seu rastro foi seguido Secou a flor, ficou a semente O batido do pagode Tá na cabeça de toda a gente Se na vida tudo passa A sorte é predestinada Pela vida ele passou E findou sua jornada O dia não amanheceu Sertanejo não foi trabalhar Orvalho pingou nas folhas Passarinhos não quis cantar A viola está encostada Não houve dueto perfeito Encobrindo na garganta A voz não saiu do peito O sertão emudeceu Calou o mestre de repente Nem mesmo a mão do tempo Apaga ele da nossa mente