Pode se falar de campo
Quem madruga quebrando geada
De laço atado nos tentos
E uma tropilha ajeitada.
Pode se falar de campo
A terra santa um regalo
Onde nasceu uma fronteira
É o mesmo chão do pealo.
De um modo tradicional
Meu "poncho al viento no mas"
Chapéu de copa batida
Com jeitão de capataz.
Assim se vê nas Estâncias
Que teimam em manter a essência
Homens que montam a cavalo
Pra preservar sua querência
Dos ancestrais trago a estampa
E um ponchito bichará
Um minuano renasce em mim
Num grito de "iarrarrá".
Mais que um poncho sobre os ombros
Pra trompar uma invernia
E o quadro xucro do pampa
Teimando em sua rebeldia.
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