LINHAS CRUZADAS
Adilson Campos / Clemente Manoel
Peguei o meu telefone
Nem terminei de discar
Do outro lado da linha
Uma voz tão macia já estava a falar
Dizia frases de amor sussurrando calor
Paixão e desejo
Entre gemidos contidos, abraços sortidos
Mil queixas e beijos
Mas de repente outra voz
Também voz de travesseiro
Foi no assunto entrando
E falou sussurrando, que sentia o mesmo
Ficaram mais de uma hora
Falando e se amando, pelo telefone
E me tomaram de assalto, quando num sobressalto
Ele disse o seu nome
Era ela, o meu amor a minha amada
Falando na linha cruzada
Em fantasias com alguém
Era ela, no telefone me traindo
Sonhando com outros carinhos
Era ela, era ela
Maldito telefonema
Que eu quis dar pra você
Do outro lado da linha
Você me traía, com tanto prazer
A mesma mão do destino que uniu dois caminhos
Pra gente se amar
Agora trouxe os espinhos, cruzou nossas linhas
Pra nos separar
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