Eu gosto de andar pelo mundo sem rumo E de percorrer sobre as asas do vento Esse muros Que cercam aquelas pessoas Que deixam se cativar Por falsos valores, ideais e sonhos Não quero deixar de ser livre, não posso Meu corpo é gaivota que voa E me leva no dorso Se acaso tiver que pousar Não deixo criar raízes Não sou radical, eu só quero ser livre Voo, voo, voo Vou-me embora deste lugar E onde quer que me dê vontade Eu vou pousar Voo, voo, voo Não precisa saber voar Onde existe o amor É sempre onde eu quero estar Sou água corrente na fonte da vida Por mais que me prendam Mais força terei na saída Eu trago a importância De ser pedaço deste planeta E trago as respostas na minha cabeça Não sou Robin Hood, mas sou peregrino Roubei minha sorte Montando meu próprio destino Não trago no olhar o fulgor Das cores do arco-íris Nas trago a certeza de estar sempre livre