Contraculturalmente falando Na temática e medíocre Idade Que o Poeta Marginal Pintou pela cidade Pra fazer Lixeratura e Comunicação E a atual livrofofia Nos convida para um prefácio interessante Mostra, intelectualmente gente grande Como condição primeira Contra a alienação Tinha a cara de sacana O maldito cara da canção Proselitista Dialético por essa vocação ligeira De saber fazer Política por Opção Preocupado com a tal mania demagógica Em falar tão sério Das coisas que se brincam lá no Ministério Badalado pela cômica situação O Cabelo-dos-bichos não incomoda O sarcástico beato trabalhando Mimeografando a primeira edição: "O Baixo Teor Informático Oriental" Com a sua grande barba branca E os olhos assustados com a Yoga Ocidental Falava de uma nação periférica Caótica imprudência, mas fundamental Sei que o livro publicado e autografado Pela Divina Constância Intitulado: "Crítica Experimental" Não vendeu tão bem quanto "Os Sonhos Eróticos do cachorro..." Que eu vi por aí Desbundado e surpreso, apesar De toda essa vã filosofia, descara "A Ideologia da Cadeira da Mulata" E gostou daqui. O Poeta Marginal É um velhinho doido Sob um forte signo Ameliano Da eclipse moral Um anticabralino e introdutor Dessa geração.