No rufar dos tambores O passado é lembrado Garotos da orgia vem representar África mamãe Suas lendas e histórias Viajei nas asas do Deus do tempo E foi assim Oxalufan, oxalá velho Rei de ifan A cotada pra visitar O amigo xangô Batalao, docô e Deus modeu E acredite aconteceu Fez o dono do azeite de dende Fez-se o dono do carvão Da escuridão Exu dono do óleo de amêndoa Caminhos de lágrima humilhação Na fronteira do reino de oyo O pivõ foi o cavalo de xangô E por coisa do destino Este velho peregrino Sete anos na prisão Confundido com ladrão Mas xangô o justiceiro Para reparar o erro Mandou buscar água na fonte Pra lavar oxalupan Que apoiado em seu cajado Voltou recebido com festa Pois seu filho oxã nié No reino de oyó Da Bahia de todos os santos Águas de oxalá Na lavagem do nosso senhor do Bomfim