Num trotezito picado, pica-flor Pala ao vento, chapéu torto e tirador Numa copla sensillita, sim senhor Eu sou cantor Se o domingo vem clareando o corredor Topa a frente do meu zaino sonador Hay cordeona no bolicho e ao mostrador Eu sou cantor Sirva um vinho, dona Leiba Dona Leiba, por favor Que o pessoal vem se apeando Atando a rédea e com calor Se me toca, canto a lida Da querência e o pago em flor E é por isso, dona Leiba Eu sou cantor São meus olhos de campeiro e rumbeador Que me puxam mais adiante, no fiador Da potrada que se amansa ao maneador Eu sou cantor No tronco do paraíso, folha e flor Da chinoca bailarina eu via a cor E te dou trançado um verso de amor Eu sou cantor