Ainda estou morto, embora respire e tenha pulso
Minha voz também sobrou, mas já não alcança mais ninguém
Meus braços ainda se movem, mas ainda posso engolir
Qual era mesmo o seu nome? Está ficando um pouco embaçado

Reproduzindo as memórias dentro de mim
Estou tentando refazer a mim mesmo
Será que eu quero projetar o futuro, ou talvez o passado?
Mesmo que isso não se torne realidade, tudo bem

Ainda me lembro, ainda estou me afogando
Neste canto estreito do universo
Ainda me lembro, ainda estou me afogando
Será que vou conseguir te encontrar?
Não consigo morrer, não consigo viver
Ainda estou respirando

Ainda estou morto, embora tenha batimentos cardíacos e desejos
Só está bom enquanto estou cantando
Reviva-me com esses tímpanos invisíveis

Beba de mim esse momento emocionante por alguns minutos
A cada reprodução, meus tímpanos tremem
Com dedos incrivelmente sensíveis percorrendo os nervos auditivos
Só agora, sinta a gravidade da destruição

Está ouvindo demais, está vendo demais
Está querendo demais, a eternidade, a circundação da destruição

Não estou vivendo para alguém
O que eu quero é a gravidade de 1 mm que quero segurar
Apenas os números transparentes serão feridos
O que eu quero é a gravidade de 1 mm que quero realizar

No fundo do meu coração, afinal, estou sozinho
As suas lágrimas, afinal, estão sozinhas
Apenas os números transparentes serão feridos
O que eu quero é a gravidade de 1 mm que quero realizar

Ainda estou procurando, ainda estou vendo o invisível
A voz impotente de alguém que não pode fazer nada
Ainda estou procurando, ainda estou vendo o invisível
Deixarei suas lágrimas cairem suavemente em algum lugar
Ainda estou procurando, ainda estou vendo o invisível
Apenas a pequena gravidade está viva

Tente me tocar, é a gravidade de 1 mm

Só mais um pouco, só mais um pouco
Deixe-me te atrair, para matar a solidão