Eu vi mil homens de papel Marchavam ininterruptos Para dentro do posso Ao ritmo dessa canção maníaca Eles não nasceram de papel Mas logo foram transformados em papel Hoje tentam ganhar cada dia mais papel Ao ritmo dessa canção maníaca O papel valia mais que os homens Não adiantava dizer seus nomes Mas sempre deviam mostrar o papel Ao ritmo dessa canção maníaca Ninguém se importava com os homens de papel Só queriam arrancar papel dos homens de papel Em todo lugar perdiam cada vez mais papel Ao ritmo dessa canção maníaca Odiar a vida era comum para um homem de papel Por isso o homem de papel sempre tentavam fugir dela Mas o problema não era a vida, era o papel Ao ritmo dessa canção maníaca Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Só os filmes de far west não eram de papel E as mulheres de papel Eram as únicas e verdadeiras posses dos homens de papel Ao ritmo dessa canção maníaca Não tinham rosto, aqueles homens de papel Só tinham umas coisas que eles chamavam de sobrenome Que os dava grande orgulho Ao ritmo dessa canção maníaca Mataram todos os homens de papel Eles queimaram todo o papel E com as cinzas construíram uma torre de ouro Ao ritmo dessa canção maníaca Ainda existem homens de papel? Todo dia vejo as fábricas de papel Matando o futuro de nossos filhos Ao ritmo dessa canção maníaca