Correm correntezas de dentro de mim Brota água salgada da minha pele Pra me conhecer tive de dizer sim Pra me abrigar em minhas paredes Eu que sem medo de errar Me fiz rio fui correnteza Eu que desaguo em meu mar Como nascem cachoeiras? Sou líquida mergulho, em minha imensidão Redescobrir ao fundo que tenho um coração Se num segundo eu cheia, transbordo rebelião! Terra que lambuzou- se tanto de escravidão Sou eco, que propaga discursos ancestrais Vontades que esmigalham, desejos triviais O que se nasce disso se não uma cachoeira? O que se nasce disso se não uma cachoeira? Eu que sem medo de errar Me fiz rio fui correnteza Eu que desaguo em meu mar Como nascem cachoeiras! Num segundo sou o mundo cheio transbordando Como alma que não cabe no corpo Como água que não cabe num copo Cachoeira nasce do que não cabe num rio Do que escolhe não morar no mar Sou líquida mergulho, em minha imensidão Redescobrir ao fundo que tenho um coração Se num segundo eu cheia, transbordo rebelião! Terra que lambuzou- se tanto de escravidão Sou eco, que propaga discursos ancestrais Vontades que esmigalham, desejos triviais O que se nasce disso se não uma cachoeira? O que se nasce disso se não uma cachoeira? Eu que sem medo de errar Me fiz rio fui correnteza Eu que desaguo em meu mar Como nascem cachoeiras!