Cifra Club

O Silêncio e a Campereada

Luiz Marenco

Ainda não temos a cifra desta música.

Recorro campo sozinho
Nem carculo a quanto tempo
Quando em quando um assoviozinho
Se vai perdido no vento

Quietude nestas jornadas
E a alma não se machuca
As vozes das invernadas
Sem silêncio, não se escuta

O arroio canta pra pedra
Pra noite o grilo nochero
O arado fala com a verga
E a estrela com o caborteiro

Campo tem voz de porteira
De retoço da manada
Tem vento que chama poeira
E o mormaço, a manga d’agua

Chuva no poço da sanga
Rufar de pala de seda
Canta o sabiá pra pitanga
E o angico pra labareda

É lindo o ranger do arreio
No escurão da noite cega
E o vento sul de floreios
No encordoado das macegas

Quieto, cruzando o potreiro
Quando a manhã se perfila
Passo escutando o barreiro
Saudando um rancho de argila

Guabiju!... Ariticum!
Range o rodado e se foi
A voz do homem comum
É o tempo chamando o boi

Tropel em várzea encharcada
Mareta beijando a taipa
Na aragem da madrugada
Cruza um sussurro de gaita

Com esse assovio antigo
E os cascos sonando o pasto
Meu mundo fala comigo
Pelos fundões donde eu passo

Não pense que eu sou sozinho
Que são tristes os dias meus
Ouço juras e carinhos
Desses campos de meu Deus

Recorro os campos solito
Nem “carculo” há quanto tempo
Quando em quando um assoviozito
Se vai perdido no vento

Quietude nestas jornadas
E a alma não se machuca
As vozes das invernadas
Sem silêncio, não se escuta

Outros vídeos desta música

    Afinação da cifra

    Afinador online

    0 comentários

    Ver todos os comentários

    Entre para o Cifra Club PRO

    Tenha acesso a benefícios exclusivos no App e no Site

    • Chega de anúncios

    • Badges exclusivas

    • Mais recursos no app do Afinador

    • Atendimento Prioritário

    • Aumente seu limite de lista

    • Ajude a produzir mais conteúdo

    Cifra Club Pro

    Aproveite o Cifra Club com benefícios exclusivos e sem anúncios
    Cifra Club Pro
    Aproveite o Cifra Club com benefícios exclusivos e sem anúncios
    OK