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A6
Botei um vistaço na tropa em reponte
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Bombeei o horizonte de um verso campeiro
O gado tranqueando o Rio Grande no passo
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No casco o compasso do gateado-oveiro
A manga de chuva ponteou na divisa
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Silueta de um poncho, se abriu sobre o anca
E lá como eu, uma garça solita
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Figura no céu uma cruz de asas brancas
(Eu trago uma pátria no par das esporas
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Templada de estrelas colhidas no sul
E outra rangindo por sobre a carona
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Firmando o sustento de um bom paysandú
Com léguas de estrada no aboio do gado
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O tempo bem sabe que eu tenho fronteiras
E os ventos guapeiam no meu campomar
A6
Galpão que é meu poncho, sem cor de bandeira)
Int.
Até a estampa encardida da tarde
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Ganhou olhos de maio e cismou a empeçar
Pois se agranda a vontade de pasto pra tropa
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De mate, cambona e desencilhar
Avisto a estância nas léguas que faltam
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Imagino o angico campeando nas brasas
Fogueando a saudade com a paz do galpão
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E a alma da gente, se sente nas casas
( )
A6
Eu trago uma pátria no par das esporas...
