Zaino Aporreado

Mano Lima

Composição de: Edígio Ferreira Ortiz "Quecé"
tom: C Afinação: E A D G B E
[Intro] Am  G7  C  Am  G7  C 

C                                       G7
No varzedo do Manuã havia um potro aporreado
                                            C
Um zaino negro tapado, Crioulo ali dos Helgueira
                                            G7
Pois nunca foi na mangueira, já se criou aragano
                                              C
Nos campos do Justimiano, na Invernada da Pedreira

                                               G7
Não é que eu tivesse medo, mas convidei o pessoal
                                            C
Hildebrando, índio bagual, da lida, conhecedor
                                              G7
Que me emprestou um maneador bem comprido e sovado
                                                C       
Que amadrinhou num gateado de confiança e chegador

( Am  G7  C  Am  G7  C )

C                                              G7
Pra trazer uma canha pura, eu pedi pro Marco Aurélio
                                                  C
Deitou a cerca do Menélio, ali onde cruza as ovelhas
                                           G7
E saiu trocando orelha, meio a trote e a galope
                                         C
E se foi lá no baixote, mandar lotar a boteja

C                                               G7
Que eu ia pegar o tal zaino, era grande o comentário
                                           C
Reuniu-se o vizindário numa tarde muito quente
                                           G7
Sentado ali pela frente, tomando uma canha pura
                                           C
C'o tirador na cintura e uma espora sete dente

( Am  G7  C  Am  G7  C )

C                                         G7
Os ginete' da redondeza que souberam da pegada
                                              C
Vieram pedir a bolada se acaso eu fosse pro chão
                                        G7
Amigos do coração que não deixam pra despois
                                           C
Chegou o Neto Pedebos de rédea e buçal na mão

                                               G7
Eu disse: Deixa comigo que já tô c'o a mão na massa
                                             C
O pessoal até achou graça sentado ali pelo chão
                                                 G7
Isto é um baita bobalhão, ele quer ser o que não é
                                            C
Pois já se criou de a pé, só gineteia os tição

( Am  G7  C  Am  G7  C )

C                                       G7
Mas eu até achei graça e disse pros gozador
                                               C
Eu corto um corcoveador de espora, golpe e mangaço
                                                      G7
Quem duvida do que eu faço, não é que eu queira ser o tal
                                                C
Que se vire num bagual que eu arranco o saco a laço

C                                           G7
Num entreveiro de mango, espora, clina e cachorro
                                             C
Não se via se era touro que ali vinha cachorreado
                                               G7
E eu, pra trás, bem atirado, firmado só nas chilenas
                                               C
E a tarde ficou pequena pra dar pau nesse aporreado

[Final] F  Em  Dm  C
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