Quem foi guri que se criou pela campanha
Correndo os campos com açudes de aguada
Fazendo arte no arvoredo e na mangueira
Enquanto os homens descansavam na sesteada
Enforquilhado aquele flete de taquara
Eternizado na lembrança de um poeta
Ou num petiço pras lonjuras do colégio
Onde a estrada se estendia em cancha reta
Quem traz em si esse guri que trago em mim
Sabe que o tempo não apaga da memória
Toda a doçura que a infância nos concede
Do mel campeiro, das pitangas e amoras
Quem não despiu com um olhar a prima-flor
Musa campeira no compasso do chinelo
Que por ser bela, em seu corpo de mulher,
Tinha ressábios de uma vara de marmelo
E as brincadeiras e cirandas no terreiro
Sempre que a lua iluminava o chão batido
Do pai campeiro em seu semblante de homem sério
E a mãe bordando pra os enfeites de um vestido
A cada dia que eu ficava mais taludo
Vendo a querência renascer sob auroras
Fui aprendendo a respeitar cabelos brancos
E pra que servem um bocal e um par de esporas
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