Trago notícias de uma terra muito boa Que, Majestade, eu batizei de Novo Mundo Onde as pessoas vivem tão somente à toa E querem ser, de profissão, só vagabundos Lhes perguntei se havia riquezas de ouro e prata Para trocar por alguns velhos badulaques Mas me disseram que no meio das suas matas Só havia samba, batuqueiros e alguns craques Entre essas novas, trago uma muito estranha Vossa excelência nem vai crer, mas é verdade Que, essa gente, dia e noite, aqui se banha Enquanto nós, um banho ao mês, já é quantidade Termino assim de lhe contar as novidades E, por favor, me manda mais alguns cabrais É por El Rey que iniciarei a mestiçagem E me perdoe, majestade, mas eu não volto nunca mais