Quando abro as portas do sonho Sinto o gosto de liberdade Pés descalços, camisa aberta Mesas postas pelas varandas E uma dor roendo meu peito Se fazendo sem ter razão Deve ser a dona alegria Campereando pelas coxilhas Entre avencas e samambaias Pelas sangas, abrindo trilhas Maneirosa dona alegria Redomando meu coração Geme gaita, chora, a viola corta Firme punhal de prata, espanta o medo Abre asas e voa livre o meu coração Geme gaita, chora, a viola corta Firme punhal de prata, espanta o medo Abre asas e voa livre o meu coração Quando abro as portas do sonho Sopram ventos de rebeldia Trovoadas, raios e medos Ferve o sangue em meio aos receios E depois em calma e riso Faz-se o canto paz e aconchego Me levando feito magia a lugares que não sei mais É a vida em seu galope me envolvendo redemoinho É punhal que se crava lento e abre em festa meu coração Geme gaita, chora, a viola corta Firme punhal de prata, espanta o medo, abre asas E voa livre o meu coração Geme gaita, chora, a viola corta Firme punhal de prata, espanta o medo, abre asas E voa livre o meu coração