Em um dos bares de constante boemia Eu fui, dia, para comprar ilusão Em uma sala muito triste, semi-escura Eu vi um drama que cortou meu coração Estava inerte debruçada em uma mesa Uma freguesa daquele triste ambiente Talvez, não sei se foi por causa da bebida Me pareceu que ela estava até contente Depois, eu vi que só seu corpo estava ali A sua alma, não estava mais, presente E, com surpresa vi os boêmios sorrindo E me pedindo pra com eles festejar Por que aquela que acabava de morrer Foi a rainha em destruição de lares Homens felizes transformados em farrapos Pediram a Deus para ela castigar Quando bem velha, que ficou abandonada Forte veneno misturou com a bebida Com o remorso torturando, sem piedade Achou mais fácil dar um fim na própria vida Saí chorando, ainda ouvindo os boêmios Dando a ela a derradeira despedida.