De coturno lustrado, saiu de casa cedo PMRJ infelizmente e sem sossego A incerteza se pra casa ira voltar Era um pensamento recorrente na rotina Deu um beijo na filha Deu tchau pra sua família Agradeceu a Deus por estar vivo mais um dia Rogou aos céus pra abençoar Sofia Valentina Que enfrentara uma batalha pela sua vida Pegou a viatura, foi direto pra rua Pra defender a sociedade que tanto o machuca O rádio toca e um assalto na baixada Dois vagabundos com passagem e uma arma Tanta gente dando tiro por trás daquele gatilho Justiça incompetente passa pano pra bandido A cena se repete e eu não posso me conformar Que o cabo Cardoso pra casa não vai voltar Mais um herói anônimo esquecido por todos Não vai voltar pra casa e ver seu filho de novo Que sai pra defender uma corja de demônios E no final do mês e tratado como cachorro De luto na luta era o que ele dizia inconformado Com o descaso do estado com a policia Que e esquecida, não vai pra mídia Que transforma o assassino em uma vitima Não vejo comoção nem hashtags dos artistas E gritante perceber a hipocrisia Entorpecidos pela sua ideologia esquecem Que o policia e humano e tem família Mais um herói anônimo esquecido por todos Não vai voltar pra casa e ver seu filho de novo Que sai pra defender uma corja de demônios E no final do mês e tratado como cachorro Vidas policiais importam