Há, sim, a inconsciência prodigiosa
Que guarda pequeninas ocorrências
De todas as vividas existências
Do Espírito que sofre, luta e goza

Ela é a registradora misteriosa
Do subjetivismo das essências
Consciência de todas as consciências
Fora de toda a sensação nervosa

Câmara da memória independente
Arquiva tudo rigorosamente
Sem massas cerebrais organizadas

Que o neurônio oblitera por momentos
Mas que é o conjunto dos conhecimentos
Das nossas vidas estratificadas
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